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Adapte-se ou morra

por Gustavo Erlichman – O mundo está e sempre esteve em constante evolução. E quando falamos em evolução, não falamos somente de pessoas, pensamentos ou ideologias. Falamos também em coisas, tais como produtos, empresas e serviços. E neste sentido, a palavra evolução vem sempre acompanhada de adaptação. E quem não se adapta, morre. Não faltam exemplos para mostrar as diversas evoluções disrupções ao longo do tempo… Vejamos:

A Editoração eletrônica substituiu a Editoração tradicional, as Escavadeiras hidráulicas substituíram as Escavadeiras operadas por cabos, a Fotografia digital substituiu (quase) todas as formas de fotografia química, os Telefones acabaram com o Telegrafo, o Papel eliminou o Pergaminho, o Míssil extinguiu as velhas Artilharias, a Mídia Digital está colocando CDs e DVDs a ver navios, o LED vem substituindo as velhas lâmpadas e os E-books, em substituição aos livros, estão a cada dia conquistando mais leitores. Enfim, exemplos não faltam.

Da mesma forma que acontece com os produtos, a disrupção também ocorre com a prestação de serviços. E com a Internet à todo vapor, esta disrupção se tornou cada vez mais veloz e vem exigindo de todos nós uma rápida adaptação. Exemplos também não faltam…

  • O AirBNB é a maior empresa de reserva de hospedagem do mundo, mas não é dona de nenhum hotel.
  • O Uber é a maior empresa de reserva de taxi de luxo do mundo, mas não possui nenhuma frota própria de veículos.
  • O EasyTaxi, o 99Taxi, entre tantos outros apps similares, são gigantes do setor de reservas de taxi, mas que também não possuem frota própria.
  • A Netflix é a maior locadora de filmes do mundo e não possui nenhum loja ou acervo fixo.
  • A Minuto Seguros é a maior corretora de seguros on-line do Brasil e não possui nenhuma loja física.

Alguns destes serviços disruptivos acertaram em cheio o estômago de algumas velhas empresas, profissionais liberais e prestadores serviços. Boa parte deles achavam que jamais seriam atingidos por forças externas e tiveram que se adaptar rapidamente, enquanto que outros não resistiram e fecharam as portas. Por outro lado, os serviços disruptivos também trouxeram inúmeras oportunidades para diversos empreendedores e profissionais de mente aberta para as novas tecnologias. Vejamos:

  • O AirBNB não acabou com os hotéis e pousadas. Ele simplesmente abriu as portas para o compartilhamento de flats, quartos e residências ao redor do mundo, permitindo que turistas optem por novos tipos de hospedagem e que os alugantes tenham uma renda extra. Alguns deles vivem apenas das locações vindas através da ferramenta.
  • O EasyTaxi e o 99Taxi (entre outros apps do gênero) não acabaram com os velhos pontos de Taxi. Muito pelo contrário! Eles ampliaram a forma com que taxistas conquistem novos clientes, fazendo com que alguns deles sequer consigam ficar parados em seus pontos esperando por novos passageiros.
  • A NetFlix não acabou com as grandes redes de vídeo-locadoras. Foram as grandes redes de vídeo-locadoras que não abriram os olhos para o avanço do streaming e perderam o timing. A Netflix apenas fez a lição de casa. Sorry Blockbuster, 2001 Video, entre tantas outras…
  • A Minuto Seguros não fez os pequenos corretores desaparecerem, ela simplesmente usou a tecnologia à seu favor e, principalmente, à favor dos interessados em realizar um seguro de forma rápida, segura e sem burocracia.

Opa, falta um serviço nessa lista: o UBER! E é por causa dele que escrevo este artigo, enquanto centenas de taxistas protestam em diversas capitais do país. O Uber, por mais que os taxistas os odeiem, não vai deixar de existir, pelo contrário. Os taxistas é que devem se adaptar (mais uma vez) e aceitar este competidor, da mesma forma que se adaptaram aos aplicativos que hoje só lhes trazem benefícios. Se o Uber existe, e é cada vez mais usado, é porque existe demanda, e se existe demanda para este tipo de serviço é porque o tradicional serviço de taxi está deixando a desejar, por exemplo em atendimento personalizado, mimos e carros novos e luxuosos. E apenas para você ter uma ideia, durante os protestos dos taxistas, o número de downloads do App quintuplicou!

Querendo ou não, as inovações sempre existiram e vão continuar a existir, influenciando e impactando centenas de produtos e serviços. Hoje foi com os taxistas, amanhã pode ser comigo, pode ser com você. Portanto, esteja sempre preparado para a inovação disruptiva, procure estar sempre atento às novas tecnologias e de que forma você pode se adaptar a ela e usá-la a seu favor. A disrupção precisa ser a sua aliada e não a sua inimiga.

Leitura complementar…

“A ‘tecnologia disruptiva’ ou ‘inovação disruptiva’ é um termo descrevendo a inovação tecnológica, produto, ou serviço, que utiliza uma estratégia “disruptiva”, em vez de “revolucionário” ou “evolucionário”, para derrubar uma tecnologia existente dominante no mercado. Ocasionalmente, uma tecnologia disruptiva domina um mercado existente, seja preenchendo um espaço no novo mercado que a tecnologia antiga não conseguia atender, ou por sucessivamente mover para cima no mercado, começando com um produto mais barato com performance inferior, e através de aperfeiçoamentos finalmente deslocar os líderes do mercado (como as câmeras digitais substituindo as câmeras analógicas).

Por contraste, uma tecnologia “revolucionária” introduz produtos com novas características vastamente melhoradas. Este é o tipo de inovação que mais frequentemente substitui o incumbente do mercado. Adicionalmente, uma tecnologia evolucionária melhora a performance de produtos já estabelecidos, geralmente de forma incremental. Não são todas as tecnologias promovidas como disruptivas que prosperam como seus proponentes esperavam. Porém, algumas destas tecnologias estão a poucos anos no mercado e seu destino final ainda não foi determinado. (via Wikipedia)

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