Estudo faz o mapeamento completo do cenário de ataques virtuais ao consumidor digital de janeiro a junho
Na linha do aumento na digitalização no hábito de consumo dos brasileiros, os segmentos de e-commerce, vendas diretas, telecomunicações e mercado financeiro sofreram mais tentativas de fraudes no primeiro semestre de 2021. Foram, nos seis primeiros meses do ano, 2,6 milhões de transações potencialmente fraudulentas, segundo aponta o Mapa da Fraude divulgado nesta quarta-feira (21) pela ClearSale, referência em soluções antifraudes.
Para traçar este mapeamento completo deste panorama, a empresa analisou mais de mais de 182 milhões transações, considerando apenas pagamentos via cartão de crédito.
Em reais, foram R$ 2,6 bilhões em fraudes tentadas no primeiro semestre, sendo a maior parte delas no comércio virtual, onde os fraudadores atuaram com força depois que a maior parte das pessoas entrou em isolamento social em 2020 e passou a fazer mais compras pela internet.
A categoria de produto mais fraudado segue sendo a dos celulares, respondendo por 5,1% das tentativas de fraude, seguido por produtos eletrônicos (4,9%) e games (4,2%).
“O aparelho celular tem valor líquido muito grande no mercado secundário, podendo ser facilmente revendido para gerar lucro rápido. Por isso ele costuma liderar a lista de produtos com mais tentativas de fraude”, explica o diretor de marketing e soluções da ClearSale, Omar Jarouche.
Regiões
A região Norte, assim como em todo ano passado, segue com o maior índice de tentativas de fraude sobre a quantidade total de transações: no primeiro semestre, 4,3% dos pedidos na região foram alvo de ataques. Na sequência, aparecem Centro-Oeste com 2,4% e Nordeste com 2,3% e, por fim, Sudeste e Sul completam com 1,9% e 0,9%, respectivamente.
Outros mercados
A expertise da ClearSale também possibilita enxergar o cenário de fraudes na análise de transações em setores como mercado financeiro, telecom e vendas direta.
No mercado financeiro, isto é, nas transações relativas a bancos, financeiras, fintechs e administradoras de cartões de crédito, foram analisadas quase de 21 milhões de propostas e as tentativas de fraude chegaram a 667 mil. Ou seja, 3,2% de todas as transações nesse setor foram golpes tentados em processos como abertura de contas, emissão de cartões, empréstimo pessoal e CDC por meios digitais.
O setor de telecomunicações também foi analisado. Nele, a ClearSale revisou mais de 8,5 milhões de propostas e contratos no primeiro semestre e verificou 463 mil tentativas de fraudes, ou seja, 5,4% do total. Entre os golpes nessa área, destacam-se o uso indevido de dados, desvio de equipamentos, venda indevida de produtos ou serviços, redução indevida de fatura e upsell de serviços não contratados, entre outros.
Por fim, quando o assunto são vendas diretas, ou vendas porta a porta, foi possível analisar 1,5 milhões de transações e atestar 31 mil tentativas de fraudes, ou seja, 2,1% dos pedidos. Nesse segmento, os principais tipos de fraude são cadastro indevido de novos consultores, realização de pedidos falsos e uso indevido de dados de terceiros.