Comscore apresenta pesquisa inédita sobre o uso dos dispositivos móveis em todo o mundo

A Comscore acaba de divulgar os resultados da pesquisa inédita ‘O Status móvel global’, realizada no final do segundo semestre de 2019. A pesquisa analisou dados de usuários de dispositivos móveis de todo o mundo, através das ferramentas Comscore Multi-Plataform MMX e Comscore Mobile Metrix, abrangendo América do Sul (Argentina, Brasil, México), América do Norte (Canadá e Estados Unidos), Europa (Itália, Espanha e Reino unido) e Ásia Pacifico (Índia e Indonésia).

O relatório identificou que as pessoas passam cada vez mais em seus dispositivos móveis. Índia e Indonésia lideram o ranking (91%), seguido pelo Brasil (85%) e México (82%). Os demais países mantêm uma média na casa dos 70%, sendo o Canadá (72%) o último país do ranking.

Estudo revela consumidores cada vez mais conectados em dispositivos móveis, principalmente as gerações Y e Z. As audiências estão maiores e houve um boom no comércio eletrônico móvel. Além disso, o mercado de aplicativos pode chegar a um ponto de saturação

A pesquisa também revelou que atualmente os aplicativos são os que mais consomem os minutos dos celulares em todos os mercados. Indonésia (96%), México (95%), Argentina (94%), Brasil (92%) e Índia (91%) sãos os países que mais consomem seus minutos. O Reino Unido (86%) é o menor entre os países pesquisados. Algumas categorias de aplicativos são utilizadas apenas por meio de dispositivo móveis. É o caso das redes sociais (88%), aplicativos de qualidade de vida (85%), notícias, informações e previsões do tempo (81%), GPS (76%), serviços com cupons de incentivos (79%), estilo de vida e alimentação (76%).

Quando verificada a atuação nos Estados Unidos, as aplicações para smartphones ainda dominam o tempo empregado nos meios digitais, sendo responsáveis por 63% em 2019 contra 50% em 2017. Tendo um crescimento de 26% nos últimos dois anos. Já em desktops, houve uma diminuição. Em 2017, 34% usavam o computador. Em 2019, o uso baixou para 23%, ou seja, 32% de decréscimo.

No Brasil, mais de 79% dos minutos digitais estão relacionados ao uso de aplicativos. 82% do público de 25 a 34 anos são os que mais utilizam aplicações de smartphones

“Este estudo nos dá uma real dimensão sobre como as audiências vêm empregando o seu tempo em aplicativos e dispositivos móveis, mercado que está se consolidando, ao mesmo tempo em que estamos percebendo um crescimento exponencial do comércio eletrônico e uma possível saturação do mercado de aplicativos”, destaca Alejandro Fosk, vice-presidente sênior da Comscore.

Uso de aplicativos – Adolescentes impulsionam descobrimento de novos apps

Existe um forte uso de dispositivos móveis em diferentes gerações nos Estados Unidos. O público de 18 a 24 anos, 72% dos pesquisados, tendem a usar mais aplicações em smartphones, seguido pelo público de 13 a 17 anos (70%). Já a população com mais de 65 anos (44%) é a que menos usa aplicativos no celular, mas é a que mais utiliza o desktop, com 33% dos respondentes, seguida do público de 35 aos 54 anos (23%) e também os que mais utilizam tablet (13%). Ao mesmo tempo, cada vez menos usuários estão baixando aplicativos. Segundo o relatório, nos Estados Unidos, 8,9% dizem baixar apenas um aplicativo, sendo que 1% dizem baixar sete aplicativos. O público mais jovem, de 13 a 17 anos (144%) são os que impulsionam o descobrimento de novos aplicativos.

No cenário na América Latina não é muito diferente. Mais de 79% dos minutos digitais do Brasil estão relacionados ao uso de aplicativos móveis em todas as faixas etárias entrevistadas. 82% do público de 25 a 34 anos são os que mais utilizam aplicações de smartphones. Tablets são utilizados mais pelo público de 35 aos 44 anos (8%) e desktops para entrevistados acima de 45 anos (13%).

Brasileiros passam maior tempo em aplicativos de mapas, trânsito e redes sociais

No Brasil, no México e na Argentina há uma penetração muito forte de aplicativos móveis de smartphones e relativamente uniforme em todos os grupos. Nos três mercados é possível observar que usuários com mais de 35 anos tendem a empregar mais tempo em desktop. A Argentina é o país latinoamericano com maior porcentagem de consumo de minutos digitais destinados ao desktop, representando 20% da população total digital.

Os usuários do Brasil empregam maior tempo em aplicativos de mapas/GPS, trânsito (98%), seguido pelas redes sociais (97%). A categoria de comércio eletrônico expõem uma alta porcentagem de share de minutos de celulares, no qual turismo representa 93% e varejo 88%. Serviços financeiros (87%) e aplicativos bancários (86%) também têm bastante representatividade.

Já no México, as aplicações de transporte em automóveis, jogos e redes sociais são as categorias de maior consumo em minutos móveis. Na Argentina, a porcentagem em minutos digitais em consumo eletrônico é de 100%, seguido de 95% de redes sociais.

Games em dispositivos móveis – Garena Free Fire está no topo da lista

Quando verificado o uso de aplicativos de games, no Brasil, eles correspondem a 94% do tempo empregado em dispositivo móvel, sendo 103% dos usuários do sexo masculino e 97% do sexo feminino. A faixa-etária de 15 a 24 anos (115%) são os que mais usam os aplicativos, seguido pelo público de 25 a 34 anos (108%). Garena Free Fire é o game que está no topo da lista acessado pela faixa-etária de 18 a mais de 35 anos. Call of Duty e Pokemon Go também são muito acessados pelo público de 18 a 34 anos. Candy Crush Saga e Farm Heroes Saga são os jogos preferidos pelo público de mais de 35 anos. México e Argentina seguem a mesma tendência.

Já nos Estados Unidos, as mulheres de mais de 55 anos são as que empenham tempo em aplicativos de games no celular que todos os demais grupos etários femininos. São 1.932 minutos contra 934 minutos do público de 18 a 34 anos.

Sem dúvida, o país que mais tem usuários únicos por smatphones quando o tema é game de batalha é os Estados Unidos. São 1,9 milhões que jogam PUBG e 1,5 milhões que jogam Fortnite. Já o Brasil, é o segundo colocado com 1,7 milhões de usuários únicos do PUBG.

Os jogos Freemium, que são os gratuitos, normalmente ofertados em mídias sociais, têm mais aceitação nos Estados Unidos. 43% dos entrevistados disseram preferir um jogo grátis e gastar quando quiserem. Mas, 73% disseram terem feito uma compra durante o jogo. A maioria disse que sentiu forçado a fazê-lo, para ser mais competitivo.

Aplicativos de transporte – Uber lidera mercado nas Américas e no Reino Unido

O Brasil está na terceira posição quando o tema é uso de aplicativos de transporte. Homens (96%) e Mulheres (97%) estão equiparados, sendo a faixa etária que mais utiliza é dos 25 aos 34 anos (120%). Mas, quando analisado o uso do aplicativo no celular, o país está na primeira posição com 85%.

Na Argentina, mulheres (116%) usam mais que os homens (110%) e a faixa etária predominante é acima dos 35 anos. Também o acesso pelo celular é alto, sendo 80% dos respondentes. Em contrapartida, a pesquisa revela que no México, os homens é quem utilizam mais os aplicativos de transporte, 102%, contra 98% de mulheres. A faixa etária é dos 25 aos mais de 35 anos (113%) e o acesso é maior ainda pelo desktop (62%), sendo apenas 22% a utilizarem aplicativos de transporte pelo celular.

A pesquisa também analisou as empresas que prestam serviços em todo o mundo, e o Uber é o que lidera nas Américas e no Reino Unido. Cabify na Espanha, BiaBiaCar na Itália, OLA na Índia e Gojek na Indonésia.

Comércio Digital – No Brasil, B2W e Mercado Livre dominam o mercado

No final do segundo semestre de 2019 nos Estados Unidos, foi identificado que os consumidores gastaram mais de 1 a cada 5 dólares em comércio digital, tanto em desktop (16,3%) quanto dispositivos móveis (6,5%), representando no total 22,7%.

No Brasil, a porcentagem de tempo empregado em aplicativos móveis para comércio eletrônico é de 71%. Mulheres (104%) e Homens (99%) estão bem equilibrados. A faixa etária que consome é bem ampla, vai dos 25 aos 54 anos. Já no México, a utilização em aplicativos móveis é de 59%. O desktop (21%) ainda é bastante utilizado – pessoas entre 25 e 35 anos são as que mais consomem. A Argentina está no topo do ranking com 92% de compras por aplicativos móveis. Os que mais consomem são as mulheres (112%) acima de 35 anos.

A pesquisa identificou que a Amazon.com ainda domina o mercado de comércio digital no mundo, porém, na América Latina está havendo uma maior diversificação dos players. No Brasil, quem domina é B2W (empresa que fundiu Submarino, Shoptime, Americanas.com) e o Mercado Livre.

Brasil lidera pedido de alimentação por dispositivos móveis e mulheres são as principais consumidoras

Os pedidos feitos em dispositivos móveis para entrega de alimentos, fast food, compras e entregas de alimentos aumentaram significativamente nos últimos dois anos.

Entre os países pesquisados da América Latina, o Brasil é o que mais faz pedidos por meio de aplicativos móveis (87%). O público feminino é de 112% e o masculino 87%. A maioria está na faixa etária de 25 a 34 anos (132%) e de 35 a 54 anos (113%). Os usuários de 18 a 24 representam 109% e os acima de 55 anos, 78%.

A Argentina está em segundo lugar no ranking da pesquisa. São 65% dos usuários que utilizam aplicativos para comprar alimentos via dispositivos móveis. Os demais utilizam desktop (14%) ou web (31%). Os públicos feminino (117%) e masculino (115%) estão na média. E a faixa etária é bem ampla, dos 18 até mais de 35 anos. Já o México, é dos três países, o que menos utiliza aplicativos móveis para solicitar alimentação, representado por 55% dos pesquisados. Os demais utilizam desktop (14%) ou web (31%). O público é de 100% homens e mulheres, em sua maioria dos 25 aos 34 anos.

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