Semana do Brasil: varejo digital fatura R$3,8 bilhões em 2020

Levantamento revela alta de 72,6% no faturamento em relação ao mesmo período do ano passado

Motivado pela chegada da pandemia e a mudança no hábito de consumo dos brasileiros, o crescimento do varejo digital em 2020 continua exponencial, com aumento significativo no faturamento e vendas on-line. Segundo levantamento realizado pela Neotrust/Compre&Confie em parceria com a ABCOMM (Associação Brasileira de Comercio Eletrônico), a Semana do Brasil, considerada a ‘’Black Friday’’ brasileira, mostrou que os números continuam em alta.

No período de 3 de setembro a 13 de setembro, 8,7 milhões de pedidos foram realizados, número que representa variação positiva de 60,9% em relação ao ano anterior. Crescimento, este, que gerou um faturamento de R$ 3,8 bilhões, cifra 72,6% maior em relação a 2019. Além de estarem comprando mais, os consumidores também estão gastando mais: o ticket médio também cresceu e chegou a R$435, valor 7,3% maior no comparativo.

“É importante ressaltar que mesmo antes da pandemia, o e-commerce já estava em crescimento. Diante disso, o isolamento social foi importante para acelerar a digitalização do varejo, aumentando a confiança e a necessidade do consumidor em comprar online. Como resultado, tivemos uma Semana do Brasil com resultados muito positivos”, explica André Dias, CEO da Neotrust e Diretor de Inteligência da ABCOMM.

Mulheres compram mais que os homens, mas gastam menos

O levantamento também trouxe uma comparação entre os consumidores. Com 58,4% do total, as mulheres lideram no número de pedidos realizados, enquanto os homens apresentam 41,6%. Já no ticket médio, os homens gastam mais, com uma média de R$606, tendo o público feminino com média de R$436 por pedido. Analisando por regiões, o Sudeste aparece em 1º lugar com 62,6% de pedidos, seguido pela região Sul com 14,9% e o Nordeste com 14,8% do total. Por fim completam a lista o Centro-Oeste com 5,7% e Norte com 1,9%.

As categorias mais vendidas na Semana do Brasil em 2020

As categorias mais compradas nesse período foram: Telefonia, Eletrodoméstico, Informática, Moda e Acessórios e Eletrodomésticos. Por último, o levantamento apresenta uma análise do tíquete médio de cada categoria. Telefonia é a primeira colocada com R$ 1544,00; em seguida estão Eletrodomésticos, com R$ 1299,00 e Informática, com R$ 1021,00. Moda e Acessórios, com R$ 194,00 e Eletrônicos, com R$ 742,00, completam a lista, respectivamente.

Fraudes

Durante o período, foram evitados R$ 44,2 milhões em fraudes, de acordo com a ClearSale, empresa líder em soluções antifraude nos mais diversos segmentos. O valor é 26,4% maior do que registrado na Semana do Brasil do ano passado. “No entanto, é importante ressaltar que apesar do aumento, a curva não acompanha o número total de pedidos, ou seja, os pedidos bons também aumentaram e superam as tentativas de fraudes”, ressalta Omar Jarouche, diretor de Soluções da Clearsale.

Entre as categorias com maior índice de fraudes, os eletrônicos estão no topo do ranking, como o produto mais visado pelos fraudadores, seguido por celulares e itens automotivos. Na quebra por regiões, a Norte é a que teve maior índice de tentativas de fraude no período, com 3,82%. Em seguida, a região Nordeste aparece no ranking com 2,68%, seguida pelo Centro-Oeste, que ficou com 2,39%. As regiões Sudeste, com 1,73%, e Sul, com 1,09%, foram as que apresentaram os menores índices.

A pandemia faz com que os fraudadores também aprimorem seus métodos e formas de ataque, mas ainda seguem buscando produtos que sejam fáceis de serem revendidos e garantam um bom valor na revenda. “É importante que tanto o lojista como o cliente estejam atentos a esse risco e ajam de forma a evitar ataques. O consumidor deve proteger seus dados sensíveis, como CPF e dados bancários, e os varejistas adotem soluções antifraudes para que não barrem bons pedidos”, destaca Omar Jarouche, diretor de Soluções da Clearsale.

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