“…A resiliência é um conceito psicológico emprestado da física, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – choque, estresse etc. – sem entrar em surto psicológico. No entanto, Job (2003), que estudou a resiliência em organizações, argumenta que a ela se trata de uma tomada de decisão quando alguém depara com um contexto entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões propiciam forças na pessoa para enfrentar a adversidade. Assim entendido, em 2006 Barbosa propôs que se pode considerar a resiliência como uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades…” (fonte)
“…Conformidade é a condição de alguém ou grupo de pessoas, de alguma coisa ou um ser, ou de um conjunto deles, estar conforme (do lat., com- “junto” + formare “formar”, “dar forma” = com a mesma forma) o pretendido ou previamente estabelecido por si, por outrem ou entre diferentes pessoas ou grupos de pessoas. A conformidade pode ser, por exemplo, o atendimento às especificações prometidas a terceiros. Os consumidores esperam que os produtos comprados tenham sua qualidade em conformidade com as especificações declaradas. No relacionamento entre pessoas ou grupos, as crenças ou comportamentos de cada um ficam sujeitos à submissão, por imposição, ou à imitação, por solicitação ou pela expectativas do(s) outro(s) a uma forma, através de processos sutis de influência mútua, mesmo subconscientes ou inconscientes, ou por pressão social ou individual, direta e aberta. Numerosos fatores, tais como tamanho do grupo, unanimidade, coesão, status, compromisso anterior e opinião pública ajudam a determinar o nível de conformidade do indivíduo em relação ao seu grupo.(Aronson, Wilson, e Akert, 2005) A conformidade contribui para a formação e a manutenção de normas sociais…” (fonte)
“…Veja bem, é preciso saber interpretar o que é dito. Não se deve confundir capacidade de aceitar mudança com conformismo. Não se deve confundir aceitar o que não deve ser mudado com falta de ambição em alterar o status quo, expressão que se tornou famosa na era Steve Jobs. Mas sim, verificar que um ser humano pode ser feliz com a opção A, B ou C, valorizando diferentes aspectos daquilo que valoriza, sem viver de remorso por não ter escolhido as outras ou por não ter atingido algo em determinado momento de sua carreira…” (fonte)
“…A maioria das pessoas transpõe o sentido material/físico do conceito para o ser humano. E resolvem dizer que um profissional resiliente é aquele que aguenta pressão, que suporta adversidades, que se conforma com a situação. Dizem que o profissional tem que ser igual à ponte, elástico, silicone e por aí vai. Mas essa é uma versão incompleta da resiliência, pois trata o ser humano como um objeto, como um efeito de uma circunstância”, diz ele. Segundo Carmello, o correto é utilizar a versão mais completa e proativa da palavra, que provém de sua etimologia (do latim ?Resilie’ ou ?Resalie’). ?Silie’ significa ?saltar’, ?impulsionar para’. Já o prefixo ?re’ quer dizer ?novamente’; é o ato renovar, de reunião, de reencontro. Nesse sentido, o ser resiliente é aquele que está saltando continuamente, se renovando continuamente, transformando continuamente. É um ser impulsionado por um propósito maior, proativo e que constrói realidades, totalmente diferente de um objeto, que é o efeito passivo de uma adversidade ou crise…” (fonte)
“…O conformismo funcional corporativo é um princípio que impede a alteração das estruturas e funções corporativas estabelecidas, conflitando com a resiliência corporativa necessária para implementar as estratégias e táticas de antigos exércitos. A resiliência corporativa exige também uma organização corajosa, resistente e austera, ao passo que o conformismo da corporação em sua forma estrutural expõe a organização a vulnerabilidade e a fragilidade…” (fonte)