As vendas online em todo o mundo tiveram alta de 28% em junho de 2020 em comparação ao mesmo período do ano passado, aponta a empresa internacional de sistemas de pagamento ACI Worldwide.
As vendas online em todo o mundo tiveram alta de 28% em junho de 2020 em comparação ao mesmo período do ano passado, aponta a empresa internacional de sistemas de pagamento ACI Worldwide. Os números registrados no sexto mês do ano significam o maior aumento nas transações virtuais ano a ano (AoA) desde o início da pandemia e consequentes restrições, em março.
Dentre as principais mercadorias comercializadas em junho, os artigos para uso ao ar livre tiveram crescimento estimado em 10%. Outros produtos, como calçados, materiais esportivos, equipamentos de proteção individual (EPIs) e itens de bricolagem, completam a lista dos mais vendidos no mês.
EUA e Reino Unido são destaques
Dois dos principais países atingidos pelo coronavírus registraram crescimento no e-commerce. Assim como no mês de maio, os Estados Unidos repetiram, em junho, o aumento de 25% nas vendas online, encabeçadas pelo comércio de roupas e jogos eletrônicos. No Reino Unido, a alta foi de 20%. Por lá, a maior procura por parte dos consumidores foi sobre utensílios domésticos, itens de bricolagem e hardwares.
Brasil sofre leve queda em junho
Se durante todo o período da pandemia as vendas online cresceram quase 40% no País, o último mês do primeiro semestre de 2020 registrou uma baixa de 6,28% em relação a maio, segundo dados da consultoria de SEO e Marketing de performance Conversion. Vale lembrar que, em junho, algumas cidades brasileiras permitiram a reabertura parcial de shoppings e lojas.
Dentre os setores que mais cresceram em vendas por e-commerce no Brasil desde o início na quarentena, o segmento de eletrônicos lidera com folga o ranking, com alta de 140%. Artigos para casa (83%), moda (72%), comida (62%), pet (61%), mercado (38%), grande varejo (35%), farmácia e saúde (27%) e cosméticos (18%) fecham o levantamento.
Efeitos do coronavírus
Para o CEO da Conversion, os reflexos do isolamento social tiveram impacto direto no aumento das vendas online e isso deve permanecer mesmo após a crise. “Com as medidas de quarentena, as pessoas passaram a ficar mais em casa e usaram a Internet para comprar. Há um grande e irreversível movimento em prol do e-commerce, que está batendo recorde sobre recorde”, diz ele.
Tratar as comercializações online como uma nova tendência também é um ponto defendido pela vice-presidente executiva da ACI WorldWide. “O crescimento do comércio eletrônico continua forte, mesmo com as restrições relacionadas à pandemia de Covid-19, sugerindo uma possível mudança de comportamento entre consumidores de todo o mundo”, explica a vice-presidente.
Ainda segundo ela, as circunstâncias da pandemia foram capazes de atrair novos perfis de clientes, como os idosos. “De fato, mais consumidores representando as gerações mais velhas, que tradicionalmente preferem comprar em lojas físicas, estão adotando compras online”, comentou.
fonte: Dino